sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O medo de roda-gigante

Hoje foi o dia da minha primeira aula de português. Uma das minhas alunas eu já conhecia, a Emilie, responsável por todos os estrangeiros aqui da minha faculdade. A outra aluna era do serviço de informática da ENISE e eu não conhecia, só sabia que o nome dela era Didier.

Dela? Não. Eu achava que Didier era nome de mulher, mas quem apareceu na minha aula hoje foi o Didier. Didier é nome masculino.

A aula foi ótima. Eles realmente não sabiam nada de português, então pude seguir meu planejamento inicial. Expliquei o alfabeto, a contar de zero à dez e as primeiras palavras básicas como por favor, obrigado, de nada, entre outras.

Vi o quanto eles têm dificuldade em falar o NH e o R que falamos quando dizemos claRo. Mas foi uma aula muito produtiva e já estou ansioso para a próxima aula.

Saí da aula de português e fui para gare pegar o meu trem em direção à Lille, onde irei passar o meu fim de semana. Eu fui de Saint-Étienne à Lyon e depois peguei um TGV para ir de Lyon à Lille. O TGV em Lyon se atrasou 40 minutos e isso, na França, é algo totalmente fora do comum. A maior parte das viagens de trem são extremamente pontuais e quando há atraso é de no máximo 10 minutos.

No trem, eu dividi uma bancada com um casal de empresários que estavam trabalhando com os seus notebooks e discutindo coisas. Foram 3 horas de viagem e eles não pararam de trabalhar um segundo, exceto quando o senhor me viu jogando Angry Birds no meu iPad. Ele se interessou pelo jogo, mas depois voltou ao trabalho.

Quando chego na gare de Lille, a Marília estava me esperando. De susto, tem um boneco gigantesco pendurado no teto da gare.

Boneco do Fantastic no teto da gare de Lille

A Juliana foi para a gare nos encontrar também. Fui deixar minha bagagem no ap da Ju e depois saímos para comer um prato característico da região - o Flammekueche. É uma espécie de pizza com uma massa muito fina e crocante. Eu pedi um de batata e depois, na sobremesa, pedi um de maçã flambada.

Flammekueche de maçã flambada
Depois fomos andar pelo centro histórico de Lille, onde nos deparamos com uma roda gigante. A Ju e eu queríamos ir, mas a Marília estava com muito medo. De tanto eu pedir, ela aceitou ir com a gente na roda gigante e olha só o que ela aprontou.

Roda-gigante em Lille






Apesar de não saber falar rodar em francês, eu fazia gesto para o cara nos rodar, mas ele não me atendia.

Despedimos da Marília que dependia do metrô para voltar para casa e fomos até a gare de Lille nos encontrar com a iPod e a Rayana. A Camila, cujo apelido é iPod, estuda Engenharia Civil lá em Ilha Solteira também e está de intercâmbio na Espanha. A Rayana é de Natal e está fazendo intercâmbio na Espanha junto com a iPod. Elas estavam fazendo turismo pela França e chegaram em Lille hoje também.

Fomos todos para um bar, onde encontramos mais brasileiros da UNESP que moram em Lille. Os nossos vizinhos da mesa onde sentamos no bar eram brasileiros também de Uberlândia e eles estavam acompanhados de uma marroquina, que eles haviam conhecido hoje.

No bar em Lille
A marroquina foi a atração do bar. Dançava o tempo todo e animava o ambiente. Se não tivessem me dito que ela era marroquina, seria a última nacionalidade que eu daria para ela. Ela pegou uma caneta, que também é uma espécie de batom e começou a escrever nossos nomes em árabe nos nossos braços.

A tatuadora marroquina

Galera toda tatuada
Se é árabe mesmo e se o que estava escrito eram nossos nomes, isso não sabemos, mas fui muito divertido. Depois de nos divertirmos, voltamos para o ap da Ju e dormimos.



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